Transtorno do Pânico e a Promoção da Saúde.
Sou doente ou estou doente?
“Nunca
tive medo de rua, de movimento, de trânsito. Mas, naquele momento, eu sentia
tudo isso. não ia para frente nem para trás, apavorada. Sudorese e tremores nas
mãos, tontura, sensação real de morte”. Relato de Nina (nome fictício).
http://www.sindromedopanico.com.br/transtorno-do-panico |
O sintoma que caracteriza um ataque de pânico envolve um medo de morrer, perder o controle ou enlouquecer, além do que pode haver dentro desses sintomas taquicardia, sudorese, náuseas e desconforto abdominal, dor no peito, falta de ar, tontura, sensação de estar aéreo, formigamento no corpo, ondas de calor, frio e outras, em geral duram minutos, raramente uma hora. As causas são desconhecidas, embora a ciência acredite que um conjunto de fatores passa a desencadear o desenvolvimento desse transtorno como Genética – Stress- mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações. O temperamento é forte e suscetível.
A síndrome do
pânico costuma afetar mais à mulheres do que homens e pode ser desencadeada por
alguns fatores de riscos considerados como: situações de estresse estremo,
morte ou adoecimento de uma pessoa próxima, mudanças radicais de vidas,
histórico de abuso sexual durante a infância, ter passado por alguma
experiência traumática como por exemplo acidentes. Uma das complicações é o
medo do medo, ou seja, o medo de ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser
tão grande que a pessoa muitas vezes evitará ao máximo a situação em que essas
crises poderão ocorrer. Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em
casa, na escola ou no trabalho, podendo até mesmo despertar problemas graves
como o alcoolismo, depressão e abuso de drogas.
http://www.rafaelguerrapsicologo.com.br/2016/02/24/medo-ansiedade-e-transtorno-de-panico/ |
O diagnóstico
diferencial é um dos pontos mais importantes na avaliação dos pacientes com
ataques de pânico, especialmente pela interconexão que essa apresentação tem
com outros problemas clínicos de saúde. Por mais que o diagnóstico do
transtorno de pânico seja essencialmente clínico, existe uma série de situações
clínicas e psiquiátricas que incluem ataques de pânico : ataques
secundários a uma condição clínica (por exemplo, hipertireoidismo,
feocromocitoma), ao uso ou abstinência de substâncias (por exemplo, abuso de
cocaína, abstinência de álcool), a transtornos de ansiedade (como o Transtorno
de Pânico) e a outros transtornos psiquiátricos.
Em virtude do
caráter agudo do ataque de pânico, seu diagnóstico diferencial é essencial nas
emergências médicas e deve ser guiado segundo a apresentação clínica. A
avaliação de doenças clínicas de acordo com a sintomatologia apresentada e principalmente
uma boa escuta do histórico do paciente são essenciais para um bom manejo dos
ataques. O abuso de estimulantes, bem como a abstinência de depressores do
sistema nervoso central, deve ser avaliado como possível responsável dos
ataques.
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O tratamento de
transtorno do pânico, pode ser feito através de medicação antidepressiva, e
também através de psicoterapia, principalmente
psicoterapia-cognitivo-comportamental, que trabalha expondo o paciente a
situação de pânico, de forma ordenada, e graduada assim ocasionando a dessensibilização
do paciente diante do que lhe causa angustia, o pânico. Em geral o tratamento com
medicações, necessita ser mantido por longos períodos por conta da possível
recaída.
No transtorno do
pânico é de extrema necessidade a junção de medicação e psicoterapia no tratamento
do paciente, destacando que os ataques de pânico são controlados com
medicamentos antidepressivos em doses baixas, no caso dos sintomas da fobia é difícil que a melhora aconteça facilmente, mesmo depois da crise estabilizada,
solicitando assim a psicoterapia. A psicoterapia ajuda a pessoa criar
referências que ajudarão a melhorar a sua vida, ocupando esse vazio que tanto o
angústia.
O transtorno do
pânico possui crises que são bastante desagradáveis e existem dicas que podem
ajudar no tratamento e a conviver com o transtorno do pânico. Confira abaixo algumas
dessas dicas dadas pelo psiquiatra Cyro Masci.
Respirar. Quando se está em meio a uma crise do
transtorno de pânico a respiração fica muito alterada o que tende a piorar o
quadro. Para haver um alivio inspire de forma devagar pelo nariz, guarde por
pouco tempo o ar nos pulmões e os solte lentamente pelo nariz. É de muita importância que o tempo que leva
para a saída de ar, a expiração dure o dobro do tempo que levou para poder
entrar. Ou seja se houve a inspiração por um tempo de 2 segundos então a
expiração deve durar 4 segundos. Essa respiração deve ser mantida por um tempo
de 30 a 60 segundos. Procure treinar antes das crises.
·
Incomoda mas não
mata. Os sintomas do transtorno são bastante
desagradáveis, mas não leva ninguém a morte. Procure sempre ter em mente a
ideia de que a sensação ruim não significa que uma doença grave está por perto,
principalmente depois que algum médico lhe assegurar desse fato.
·
Mudar o foco da
atenção. Ao contrário de ficar com o foco nos sintomas,
procure desviar a sua atenção para outra coisa, como por exemplo um cenário,
uma foto, ou alguma imagem que tenha um efeito relaxante. Ficar ligado demais
aos sintomas só cria mais medo.
·
Não fique muito
tempo sem comer. Ter
um intervalo extenso entre as horas das refeições ou ficar sem se alimentar
corretamente pode provocar uma queda dos níveis de açúcar no sangue e dessa
forma provocar uma crise de pânico. Como de forma correta, não passe muito
tempo em jejum.
·
Escolha muito
bem as informações e notícias que procura. Não carregue o seu cérebro com acontecimentos
ruins de forma desnecessária.
·
Restringir a cafeína. O uso excessivo
da cafeína pode provoca insônia e de forma isolada levar a crises de pânico.
Por isso evite tomar café demais, e principalmente depois das 17 horas.
·
Tente não
guardar tudo em sua memória. Procure fazer uma pequena lista do que você
tem para fazer durante o dia e vá riscando a cada coisa que completar. Não
fazendo isso, você poderá criar um senso de urgência de forma indefinida que só
tenderá a piorar tudo.
Referencias:
DRAUZIO, Varella. Síndrome/Transtorno do pânico. Drauzio ,2013.
Disponível em: < https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/transtornosindrome-do-panico/
>. Acesso em 2 Novemb. 2017.
ESTADO. Psiquiatra dá
7 dicas para quem convive com a Síndrome
do
Pânico. Saúde Plena, 2015. Disponível em
:< https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2015/06/10/noticias-saude,187490/psiquiatra-da-7-dicas-para-quem-convive-com-a-sindrome-do-panico.shtml >. Acesso em: 2 Novemb. 2017.
EFRAIM, Anita. Transtorno do pânico, se não tratado, pode desencadear depressão. Estadão,2016. Disponível em :< http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,transtorno-do-panico-se-nao-tratado-pode-desencadear-depressao,10000063121 >. Acesso em: 2 Novemb. 2017.
NETO, M. R. L. Transtorno de pânico. Saúde
Mental,2010 Disponível em: < http://www.saudemental.net/transtorno_de_panico.htm >.
Acesso em: 2 Novemb. 2017.
Ótimo conteúdo !
ResponderExcluirObrigada, Seja bem Vinda ;)
ExcluirÓtimo desenvolvimento de pesquisa. Parabéns.
ResponderExcluirAgradecemos , Seja Bem Vindo! ;)
ExcluirTema bem abordado!!
ResponderExcluirObrigada , Seja Bem Vindo ;)
ExcluirAdorei!! Parabéns
ResponderExcluirObrigada ;)
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